quinta-feira, 8 de abril de 2010

terra sem palavras e palavras sem terra


ontem fui ao teatro e gostei muito muito. o cenário estava muito bonito, os "jogos de luz" criaram efeitos magníficos e a banda sonora foi muito bem conseguida. a performance foi excelente... o texto era profundo, cheio de reflexões e conflitos importantes… internas e não só.
partilhamos, ali sentados, a angústia de uma... pintora que não consegue pintar, ou consegue mas não quer pintar aquilo que lhe enche a alma, depois de ter passado algum tempo numa cidade devastada pela guerra e de ter testemunhado os horrores e as incongruências surreais características desses cenários.
e ela – a artista – rodeada de amargura e destruição, procura uma saída deste estado de alma. deste estado de consciência do mundo. invadida de vermelho e castanho e preto, procura o branco para pintar. procura a luz e a felicidade, mas não consegue negar a dor que viu e que sente e está, por isso, de mãos e pincéis atados.
vim de lá um com um pedaço dessa angústia – e de medo – de um dia poder become stuck, que todos podemos, se quisermos, see the surface and feel what is underneath e sermos para sempre transformados por aquilo que vemos. é tudo uma questão de perspectiva…

raquel patriarca
.oito.abril.doismiledez
terra sem palavras
dea loher
uma produção assédio
com interpretação de rosa quiroga
em cena no estúdio zero
de 27 de março a 11 de abril
de terça a sábado às 21.30h e domingo às 16.00h
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